Depois do sucesso dos dois primeiros filmes da franquia norueguesa Fritt Vilt, lançada por aqui como Presos no Gelo, era esperado que um novo capítulo seria lançado. No entanto, a história tinha sido finalizada no ótimo Presos no Gelo II, portanto os produtores foram inteligentes em não forçar nada em mais uma continuação onde o vilão de alguma forma ressuscita e continua matando. Então, o que eles fazem? Uma prequel.
Fator utilizado também no remake O Massacre da Serra Elétrica (onde anos depois fizeram O Início), uma prequel não é tão fácil quanto aparenta. O roteirista tem que ter muito cuidado para não deixar pontas soltas, manter a história contundente e acima de tudo, manter o nível dos filmes anteriores. Infelizmente, Presos no Gelo III (que ganhou o subtítulo O Início) não consegue fazer isso.
12 anos após esses eventos, um grupo de seis amigos resolvem visitar o hotel abandonado antes que o inverno chegue, pegando carona com um policial, cujo irmão é o mesmo que resgatou o garoto, mas ninguém sabe que ele está vivo. Ao chegarem no hotel, eles desistem da ideia de passar a noite e vão acampar perto. No dia seguinte, dois deles sumiram e aos poucos eles começam a ser perseguidos por um homem encapuzado no meio dos bosques.
O principal problema dessa prequel é o seguinte: a sensação que dá ao assistir o filme é que estamos vendo algo vindo de um universo completamente diferente dos dois primeiros filmes. É como um filme independente, solto, completamente novo, sem qualquer relação com Presos no Gelo 1 e 2, por que decidiram mudar toda a personalidade, tanto da história, quanto do assassino. Além de que, é inteiramente desnecessário.
Os dois primeiros filmes dão vislumbres suficientes do assassino para que entendamos sua história, sem precisar explicar o óbvio. E vemos que, ele só matou os jovens no primeiro filme por que eles invadiram o hotel. Aqui, o assassino vira um tipo de açougueiro sanguinário, que tem um próprio quarto de tortura; um tipo de Leatherface norueguês.
O roteiro não se dá o trabalho de servir como prequel, pois o filme poderia muito bem ser uma sequência. Além de não seguir sua proposta - mostrar como o assassino virou assassino -, ele simplesmente joga um bando de jovens sendo perseguidos pela floresta por um assassino encapuzado, morrendo um a um.
E muitos perguntaram: mas e o gelo? Se eles estão "Presos no Gelo", por que não tem gelo no filme? É simplesmente um básico erro de coincidência na tradução, tal como Se Beber Não Case. O título original do filme é Fritt Vilt, que ainda não entendi porque, mas nos EUA foi lançado como Cold Prey, que significa Presa Fria - uma referência às vítimas estarem num lugar frio enquanto são perseguidas pelo assassino. Portanto, relevem um pouco esse erro do título.
Por fim, Presos no Gelo III - O Início é um filme que pode ser facilmente ignorado. Considere apenas os dois primeiros e irão conhecer uma duologia ótima de slasher. É a ovelha negra da familia.
Os dois primeiros filmes dão vislumbres suficientes do assassino para que entendamos sua história, sem precisar explicar o óbvio. E vemos que, ele só matou os jovens no primeiro filme por que eles invadiram o hotel. Aqui, o assassino vira um tipo de açougueiro sanguinário, que tem um próprio quarto de tortura; um tipo de Leatherface norueguês.
Por fim, Presos no Gelo III - O Início é um filme que pode ser facilmente ignorado. Considere apenas os dois primeiros e irão conhecer uma duologia ótima de slasher. É a ovelha negra da familia.