Daí, eu resolvi assistir na fatídica noite de Halloween, só pra ver um filme que finalmente pudesse ter efeito em mim. E teve? Sim, claro que teve. E terá efeito em outras pessoas que assistirem? A resposta é sim. Lançado no início da década de 90, onde os filmes de terror estavam decaindo, Aracnofobia procura causar efeito no público pela simplicidade, utilizando algumas situações bem corriqueiras, o que faz aumentar o medo. Aliás, não é à toa que a classificação indicativa do filme é de apenas 12 anos, e o filme costumava ser exibido na Sessão da Tarde, na década de 90. Portanto, só isso já é um mérito ao filme. Até por que, quais são os filmes de terror com classificação de 12 anos que conseguem ser bons o bastante?
Segundo o diretor do filme, Frank Marshall (que até então apenas produziu alguns filmes do lado de Steven Spielberg, que produz esse filme), a ideia de Aracnofobia é semelhante ao clássico Os Pássaros, de Alfred Hitchcock, e pode-se até perceber certas semelhanças entre os pássaros e as aranhas nos dois filmes. Então, pensem a cena de Os Pássaros onde várias aves sobrevoam a protagonista. Pensaram? Agora imaginem essa cena, só que com aranhas!!!

Moderando cenas agoniantes com as aranhas e alívio cômico, o filme pode ser facilmente comparado à Poltergeist (o original, claro). O filme tem aquela pegada de filme de família, no entanto, os elementos relacionados ao terror são assustadores. Há cenas muito bem orquestradas, que serve exatamente para entregar alguns sustos, como cenas em que as aranhas pulam em direção à tela (dei um pulo na hora e ainda gritei um palavrão).

O desfecho final é bem típico de filmes do gênero dos anos 90, mas é bem construído. O roteiro sabe como te deixar paranoico, pois é um cara preso no porão com uma aranha minúscula que pode matá-lo sem você nem perceber.
