O filme estava sendo altamente aguardado pelos fãs do terror por parecer ter uma ótima história. Bom, ele cumpriu com o que prometia. "Maníaco" acabou sendo um dos melhores longa-metragens do gênero naquele ano, destacando-se em meio a uma multidão de porcarias que foram lançadas recentemente.
A originalidade é grande e possui um roteiro marcante, sendo-nos mostrado somente o lado do assassino, com a história gravada no ponto de vista do protagonista e as únicas cenas em que Frank aparece é quando ele se olha no espelho, ou nos últimos segundos do filme. Como Elijah não aparece muito, sua atuação não é muito questionável. Já a de Nora Arnezeder, a Anna, é formidável, principalmente quando sua personagem descobre a verdadeira identidade de Frank.
Há cenas que irão fazer você ficar boquiaberto, como a inicial. Eu nunca tinha visto algo como essa cena anteriormente. A história por trás da psicose de Frank é a mais simples possível, lembra a do velho Norman Bates, de Psicose. Enquanto a irresponsável da mãe estava numa orgia pesada no quarto, o filho assistia a tudo. Ela ainda manda-o ficar em silêncio durante o ato. Entretanto, o mais interessante é que ele realmente parece normal quando se encontra com as garotas, parece ser somente um jovem comum e solitário que só está procurando uma alma gêmea. Os problemas estão relacionados aos surtos do homem, que mudam completamente seu comportamento frente às meninas.
É por muitos motivos que considero (e não sou o único) Maníaco um dos poucos remakes que foram realmente bons. Tudo em seu conceito geral é criativo e interessante, desde a escolha do POV (point-of-view, ou ponto de vista), passando por detalhes técnicos como fotografia e trilha sonora, chegando nas mortes bem gráficas. É até compreensível essa última parte, vendo que o roteiro ficou à cargo da dupla de franceses Alexandre Aja e Grégory Levasseur, responsáveis pelos ótimos Alta Tensão e Viagem Maldita. Maníaco é mais um filme que me surpreendeu em 2012. Ele é a prova viva que não se precisa de muito dinheiro para fazer uma obra digna, original e satisfatória.