Atenção: O post contém alguns spoilers sobre cenas do filme, mas não sobre o final!
Um dos filmes mais esperados de 2015 era Krampus, subtitulado aqui como O Terror do Natal. O filme estreou nos EUA no final do ano e era para estrear por aqui também, mas assim como houve com The Green Inferno, não foi lançado e a distribuidora (Universal Pictures) não se pronunciou mais, apesar de ter divulgado o trailer e o poster nacional.
No meio desse atraso todo, muitos ansiosos e desinformados acabaram vendo duas películas que utilizaram o nome do Krampus, mas que são muito inferiores ao mesmo. As mesmas são Krampus: The Reckoning e Krampus: The Christmas Devil (fotos ao lado). Portanto se você acha que você viu o filme que achava ter visto, você não viu!!!
Uma pena, pois se nós tivéssemos assistido esse filme ainda em 2015, colocaríamos ele na lista de Melhores do Ano. Segundo filme dirigido pelo ótimo Michael Dougherty, que comandou a antologia de Halloween Contos do Dia das Bruxas, lá em 2008, Krampus é um projeto que posso chamar de "ambicioso". Sabe por quê? Aqui vai a resposta: Ele tem a difícil missão de construir um filme de terror sem violência nem sangue, na base do suspense e ainda manter o humor!
No caminho, Beth acaba sendo atacada por uma figura enorme que estava no telhado de uma das casas. Quando ela não volta pra casa, todos começam a se preocupar. Mas é aí que tudo piora: enquanto dormem, algo leva uma das crianças. A partir daí, eles tem dois dias para sobreviver enquanto criaturas bizarras e o "chefão" delas, uma entidade mitológica chamada Krampus, que tende a ser o "lado negro do Natal", uma versão diabólica do Papai Noel, vinda para punir aqueles que perdeu o espírito de Natal, os espreitam.
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Só me lembrei dos Gremlins. |
Em relação a produção, eu realmente aprecio que o diretor tenha feito tanto com um orçamento relativamente baixo (15m). Algumas cenas são feitas com CGI (nada que incomode tanto), mas é realmente admirável que ele tenha dado tanta importância ao fazer grandes cenas com efeitos práticos. Um exemplo é a cena lindona do sótão, onde os protagonistas são atacadas por uns brinquedos estranhões, como um urso de pelúcia do demônio, um palhaço bizarro e gigante que engole gente e pra mim, o melhor: uma mistura de pássaro com uma boneca.
Portanto, recomendo bastante Krampus. Se puder, assista o quanto antes possível. Se quiser esperar até o Natal, melhor para entrar no clima. Só não perca esse que foi um dos poucos que se salvaram da safra horrível que foi a de 2015 para os filmes de terror.
