Depois de muita expectativa, Mãe! (Mother!), novo filme do aclamado diretor Darren Aronofsky (de Réquiem Para um Sonho), chegou aos cinemas. Recebido com vaias e aplausos no Festival de Veneza, o longa é descrito como um terror psicológico no qual a vida de um casal (interpretado por Jennifer Lawrence e Javier Bardem) é abalada quando dois estranhos (vividos por Ed Harris e Michelle Pfeiffer) batem à sua porta em busca de abrigo. Como falamos na nossa crítica, é um filme grandioso que muita gente não saberá apreciar da forma correta.
Esperamos que o filme fosse lançado para lançar um post completo de informações interessantes, o Sessão do Medo foi atrás de vinte coisas que você provavelmente não sabia sobre Mãe! - o post contém spoilers, então é importante que só leia se tiver visto o filme!
Esperamos que o filme fosse lançado para lançar um post completo de informações interessantes, o Sessão do Medo foi atrás de vinte coisas que você provavelmente não sabia sobre Mãe! - o post contém spoilers, então é importante que só leia se tiver visto o filme!
01: A protagonista Jennifer Lawrence se dedicou tanto ao papel que, em uma das cenas mais tensas do longa, chegou a fraturar uma costela e sofrer de hiperventilação - aumento da quantidade de ar que ventila os pulmões, algo normalmente associado a ataques de pânico e crises de ansiedade.
02: Foi durante a produção de Mãe! que Lawrence e o diretor Darren Aronofsky começaram a namorar. De início, ele se mostrou cético em ter uma grande estrela num filme tão controverso mas ela se mostrou bastante interessada no projeto além de ser uma fã do seu trabalho.
03: Rumores e comentários de críticos indicam que o filme carrega fortes influências do clássico O Bebê de Rosemary (1968). Inclusive, um dos cartazes do longa é praticamente idêntico ao do terror dirigido por Roman Polanski. Também serviram de inspiração o livro Woman and Nature, publicado pela filósofa americana Susan Griffin em 1978, e o filme O Anjo Exterminador (1962), de Luis Buñuel. Ao ver o filme, é possível notar algumas semelhanças mas nada além disso.
04: A atriz Michelle Pfeiffer, que dá vida a um dos estranhos da história, declarou que não entendeu o roteiro da primeira vez que leu, mas que aceitou participar do filme por ter se interessado pela personagem.
05: Segundo Lawrence, ela jogou o roteiro no chão quando terminou de lê-lo.
06: O primeiro título do filme era Day 6 (Dia 6). Isto é provavelmente uma referência à Genesis, onde no sexto dia, Deus criou o homem.
07: É o primeiro filme de Darren Aronofsky a não contar com a presença do ator Mark Margolis. Desde Pi (1998), Margolis vinha participando de todos os projetos do diretor.
08: Como é perceptível saber pelos sobrenomes, os atores Domnhall Gleeson e Brian Gleeson são irmãos na vida real assim como no filme.
09: Aronofsky escreveu o roteiro em apenas cinco dias, uma gigantesca diferença comparado à seus outros filmes, que segundo ele, demoram anos para serem completamente escritos.
10: Antes das gravações, Aronofsky realizou ensaios com o elenco em um galpão por três meses para melhorar suas sensações de movimento e também da câmera. O resultado é bastante perceptível no filme já que a câmera é basicamente um personagem dentro da história, movendo-se sempre com fluidez e com poucos cortes.
11: Clint Masell compôs a trilha de todos os 6 primeiros filmes de Aronofsky, exceto por este. Jóhann Jóhannsson (A Chegada) seria o responsável, chegando a compor 90 minutos. Ao verem a trilha sincronizada com uma versão inicial do filme, ele e Aronofsky concordaram em não usá-la, trocando-a por sons mais orgânicos e incorporados nas cenas. A trilha de Jóhann pode ser ouvida nos trailers.
12: Durante a campanha de divulgação do filme, um mural recriando o poster principal do filme foi pintado na Austrália. O problema é que a pintura foi feita em cima de outra, criada por um jovem artista local. Aronofsky se desculpou ao descobrir sobre o mural anterior e a agência contatou o artista original, oferecendo recriar o painel!
13: A estilização em minúscula dos nomes dos personagens (e do título) é explicada nos créditos finais, onde todos os personagens são listados nesse estilo menos Ele (Javier Barden), sustentando a teoria de que o personagem é Deus.
14: A controversa cena de morte do recém-nascido causou problemas na distribuidora. A Twentieth Century Fox (e outros estúdios) recusou o roteiro por conta disto. A Paramount Pictures só aceitou mãe! ao saber de quem estaria no elenco.
15: O isqueiro do homem (Ed Harris) contém a runa Wendehorn. O símbolo representa "a cooperação entre as leis eternas da natureza, trabalhando de concordância uma com a outra."
16: Aronofsky diz que o ponto de exclamação no filme é referente ao terceiro ato.
17: O que o líquido amarelo que a mãe toma representa? Ninguém sabe. Aronofsky disse que levaria a resposta pra sua cova.
18: Aronofsky é ateu. Em seu último filme, Noé (2014), ele trabalhou com a religião como tema, gerando controvérsia ao adaptar a história bíblica sob uma nova visão. Assim como neste filme, Noé mostrava o Criador como um carácter impiedoso.
19: O diretor escreveu o roteiro pensando nos acontecimentos atuais do mundo. Em uma entrevista, ele falou o seguinte: "São tempos loucos para estar vivo. Enquanto a população mundial chega a quase 8 bilhões, enfrentamos questões sérias demais para o nosso entendimento: ecossistemas colapsando enquanto testemunhamos a extinção em uma taxa sem precedentes; as crises de migrantes perturbam o governo; um Estados Unidos aparentemente esquizofrênico ajuda a negociar um tratado climático histórico e meses depois se retira; antigos conflitos de crença continuam a conduzir guerra e divisão; o maior iceberg já registrado destrói uma plataforma na Antártica e se desloca pra o mar (...) Na América do Sul, turistas matam uma rara espécie de filhotes de golfinhos ao sufocá-los enquanto tiram fotos; política se transforma em um evento esportivo; pessoas ainda morrem de fome enquanto outros podem comer qualquer coisa que desejam (...) Um dia eu acordei e esse filme me veio à cabeça como um sonho febril. (...) Imagino que as pessoas podem me perguntar a razão do filme ter uma visão tão sombria. Hubert Selby Jr., autor de Réquiem Para um Sonho, me disse que encarando as partes mais obscuras de nós mesmos é onde acharemos a luz."
20: SAIA DE CIMA DA PIA, AINDA NÃO ESTÁ FIXA.
Fonte: IMDB
07: É o primeiro filme de Darren Aronofsky a não contar com a presença do ator Mark Margolis. Desde Pi (1998), Margolis vinha participando de todos os projetos do diretor.
08: Como é perceptível saber pelos sobrenomes, os atores Domnhall Gleeson e Brian Gleeson são irmãos na vida real assim como no filme.
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Lawrence e Aronosfky nos bastidores. |
11: Clint Masell compôs a trilha de todos os 6 primeiros filmes de Aronofsky, exceto por este. Jóhann Jóhannsson (A Chegada) seria o responsável, chegando a compor 90 minutos. Ao verem a trilha sincronizada com uma versão inicial do filme, ele e Aronofsky concordaram em não usá-la, trocando-a por sons mais orgânicos e incorporados nas cenas. A trilha de Jóhann pode ser ouvida nos trailers.
12: Durante a campanha de divulgação do filme, um mural recriando o poster principal do filme foi pintado na Austrália. O problema é que a pintura foi feita em cima de outra, criada por um jovem artista local. Aronofsky se desculpou ao descobrir sobre o mural anterior e a agência contatou o artista original, oferecendo recriar o painel!
15: O isqueiro do homem (Ed Harris) contém a runa Wendehorn. O símbolo representa "a cooperação entre as leis eternas da natureza, trabalhando de concordância uma com a outra."
16: Aronofsky diz que o ponto de exclamação no filme é referente ao terceiro ato.
17: O que o líquido amarelo que a mãe toma representa? Ninguém sabe. Aronofsky disse que levaria a resposta pra sua cova.
18: Aronofsky é ateu. Em seu último filme, Noé (2014), ele trabalhou com a religião como tema, gerando controvérsia ao adaptar a história bíblica sob uma nova visão. Assim como neste filme, Noé mostrava o Criador como um carácter impiedoso.
19: O diretor escreveu o roteiro pensando nos acontecimentos atuais do mundo. Em uma entrevista, ele falou o seguinte: "São tempos loucos para estar vivo. Enquanto a população mundial chega a quase 8 bilhões, enfrentamos questões sérias demais para o nosso entendimento: ecossistemas colapsando enquanto testemunhamos a extinção em uma taxa sem precedentes; as crises de migrantes perturbam o governo; um Estados Unidos aparentemente esquizofrênico ajuda a negociar um tratado climático histórico e meses depois se retira; antigos conflitos de crença continuam a conduzir guerra e divisão; o maior iceberg já registrado destrói uma plataforma na Antártica e se desloca pra o mar (...) Na América do Sul, turistas matam uma rara espécie de filhotes de golfinhos ao sufocá-los enquanto tiram fotos; política se transforma em um evento esportivo; pessoas ainda morrem de fome enquanto outros podem comer qualquer coisa que desejam (...) Um dia eu acordei e esse filme me veio à cabeça como um sonho febril. (...) Imagino que as pessoas podem me perguntar a razão do filme ter uma visão tão sombria. Hubert Selby Jr., autor de Réquiem Para um Sonho, me disse que encarando as partes mais obscuras de nós mesmos é onde acharemos a luz."
20: SAIA DE CIMA DA PIA, AINDA NÃO ESTÁ FIXA.
Fonte: IMDB