“Nunca aprendem, não é... Têm que ser tão cruéis o tempo todo. Acham que podem fazer o que querem com você e conseguir o que quiser...". – Assassino.
Quem diria que em 2008 teríamos um quinto capitulo da
franquia ‘Sleepaway Camp’, ou Acampamento Sinistro' iniciada em 1983. O primeiro filme
não é lá grande coisa, mas ele nos dá nostalgia pelo seu formato, e o final é
simplesmente incrível e leva o longa a um patamar acima da média. As sequências
que vieram em 1988 e 1989, são medíocres, mas juntas ainda podem divertir os
menos exigentes. Agora, chegamos a esse filme.
Algumas coisas devem ter notadas, como puderam notar, não mencionei a parte 4, intitulada de ‘Sleepaway Camp The Survivor', bem, a história desse filme é curiosa, ele foi lançado em 2012, portanto, na ordem de lançamento, 'Acampamento Sinistro - O Retorno' vem primeiro e, por isso, falarei dele antes do capítulo 4.
Algumas coisas devem ter notadas, como puderam notar, não mencionei a parte 4, intitulada de ‘Sleepaway Camp The Survivor', bem, a história desse filme é curiosa, ele foi lançado em 2012, portanto, na ordem de lançamento, 'Acampamento Sinistro - O Retorno' vem primeiro e, por isso, falarei dele antes do capítulo 4.
As gravações desse longa foram finalizadas em 2003 e o seu
lançamento estava programado para acontecer entre os anos de 2004 e 2006. Mas, devido aos
problemas com os efeitos especiais de computação gráfica,que não estavam do jeito que o diretor Hiltzik queria, e com a falta de uma
distribuidora, o filme só foi lançado em 2008 direto para DVD.
O filme começa bem interessante, os créditos iniciais
mostram notícias de jornais falando sobre o massacre no acampamento Arawak.
Logo após os créditos, somos apresentados a Alan (Michael Gibney), famoso por seu jeito e por seu jargão: "Seu traseiro fede", é um jovem que tem problemas
mentais, e ao mesmo tempo em que ele é valentão e problemático, ele sofre com o bullying que
acontece com ele a todo instante. Agora, Alan tem um irmão idiota chamado
Michael que é o típico popular que tem uma queda por Karen (Erin Broderick).
A história é
basicamente a mesma do primeiro. 25 anos depois dos eventos no filmes original, num acampamento chamado ‘Manabe’, um jovem sofre
bullying a todo momento por todos, exceto por uma garota chamada Petey (Kate Simses) que o
defende sempre que pode, enquanto isso, as pessoas que o maltratam vão sendo
assassinadas por alguém. Ronnie (Paul DeAngelo), que foi monitor no filme original, começa a
suspeitar que Ângela está de volta fazendo novas vítimas.

Outro problema é o uso desnecessário de efeitos de
computação gráfica que mesmo depois de tentar corrigir, Hiltzik não conseguiu fazer um bom trabalho. São efeitos toscos para cenas que uma boa maquiagem resolveria de forma mais
eficaz e realista. Infelizmente, o longa metragem foi produzido num momento em
que os efeitos de CGI eram usados para qualquer coisa. Esses efeitos de baixo
orçamento em algumas mortes são horríveis. Além disso, eles perdem muito tempo
com algumas mortes, parece que a história quer ganhar tempo, como exemplo, temos a
cena de Randy com um fio preso ao seu pênis, que aliás, é cheio de incoerência, não vou entrar nos detalhes da morte, mas se você ver, entenderá.
Em alguns momentos o roteiro é muito conveniente. Armadilhas
estão estrategicamente colocados para acertar as pessoas em locais
inapropriados como a garota que está dirigindo e tem um arame farpado pendurado no meio da estrada. A personagem que acha que é a próxima vítima, ao invés de ficar perto de
outras pessoas, sai correndo para floresta adentro. Personagens que sentem o
prazer de ficar sozinhos só para facilitar o trabalho do assassino. A menina
boazinha que some de repente e todos começam a achar que ela é a assassina... E por aí vai.
Agora, um ponto legal é que a história se preocupa em
mostrar a reação de Ronnie quando ele começa a perceber que está acontecendo a
mesma coisa que aconteceu no Arawak, isso é interessante, ver os personagens
antigos tentando fazer algo para sessar a matança. Só acredito que Ricky
poderia ter aparecido mais, ele era um personagem de peso no primeiro filme e
acho que com a ‘volta de Ângela’, seria viável ver ele um pouco mais, até
porque a ideia de que ele perdoou Ângela pelo que ela fez no passado, soa
curioso, e seria legal ver a forma de como ele conversa e trata a sua prima
depois dos eventos de 83.
O bullying que Alan sofre é bem revoltante, até mesmo pior
que o que a Ângela sofria, e devo dizer, Michael Gibney, faz um ótimo trabalho. E num filme, mesmo que de baixo orçamento, tenha
algum conteúdo que faça o público pensar e refletir sobre algo, faz a história
ser mais rica. Nesse sentido, esse capítulo já é melhor que as partes 2 e 3. As
mortes, de forma geral, estão mais elaboradas também, isso é um ponto positivo
já que a franquia nunca teve mortes memoráveis, com exceção de uma aqui e outra
ali. E vale dizer que muitas mortes se devem ao fato dos personagens serem um bando de gente sem cérebro e que tomam as decisões mais idiotas possíveis a todo momento.
Os minutos finais, que foi o ponto mais alto no original e fraco
nas partes 2 e 3, voltou a ser forte aqui. Claro, não chega nem perto da
grandiosidade do primeiro longa e ele está repleto de problemas de coerência, mas este aqui é o segundo melhor por tentar
trazer uma reviravolta sobre a identidade do assassino. E a atuação dos
personagens antigos, principalmente da Ângela de Felissa Rose, é muito
impressionante porque ela consegue transmitir algo só pelo olhar.
Um dos problemas de coerência que foi percebido no final é que: Quando Karen está correndo pela floresta, ela vê o assassino e desmaia. A questão é que ela viu o rosto do assassino porque ele só usa um capuz e nada cobre a sua cara, além disso, o Alan é um jovem acima do peso e alto, bem maior que o assassino. E mesmo assim, ela continua insistindo que o assassino é o Alan. E esse é só um dos probleminhas que vão aparecendo no filme.
Um dos problemas de coerência que foi percebido no final é que: Quando Karen está correndo pela floresta, ela vê o assassino e desmaia. A questão é que ela viu o rosto do assassino porque ele só usa um capuz e nada cobre a sua cara, além disso, o Alan é um jovem acima do peso e alto, bem maior que o assassino. E mesmo assim, ela continua insistindo que o assassino é o Alan. E esse é só um dos probleminhas que vão aparecendo no filme.
Então, este ‘Acampamento Sinistro’ é, em minha opinião, o
segundo melhor da franquia, e isso se deve ao fato de que, além de ser uma
sequência direta do original (Bem mais direta que a parte 2 foi), ele trouxe um
pouco da essência daquilo que agradou ao público no passado. Porém é um filme
que, apesar de legal, poderia ser muito melhor, bastava só um pouco mais de
criatividade, talvez Robert Hiltzik devesse ter seguido o ditado ‘menos é mais’, a
desculpa de que o orçamento era pequeno (4 milhões de dólares), não se aplica,
o grande problema foi querer fazer algo grande com pouco. E por tudo que foi
exporto acima, dou nota: 6,5.
O filme conta com uma cena pós-crédito interessante onde revela um detalhe sobre o assassino.
O filme conta com uma cena pós-crédito interessante onde revela um detalhe sobre o assassino.
Curiosidades:
- O último filme de Isaac Hayes, apesar de ter sido rodado
cinco anos antes de sua morte.
- É a primeira sequência a ser escrita, dirigida e produzida
por Robert Hiltzik, que escreveu, dirigiu e produziu o original Acampamento
Sinistro (1983). Além de ser creditado por seus personagens, Hiltzik não teve
envolvimento nem com o Acampamento Sinistro 2 (1988) nem com o Acampamento
Sinistro 3 (1989).
- Alan chama Frank (Vincent Pastore) de "big
pussy", apelido do personagem de Pastore em Família Soprano (1999).
- Felissa Rose, Jonathan Tiersten e Paul DeAngelo reprisam
os seus papéis do filme original como: Ângela Baker, Ricky Baker e Ronnie, respectivamente.
- Deron Miller fez o teste para o papel de Mickey.
- Felissa Rose, interpretou Ângela Baker no Acampamento Sinistro
de 1983, mas foi substituída por Pamela Springsteen no Acampamento Sinistro 2
(1988) e Acampamento Sinistro 3 (1989), Rose volta a reprisar seu papel como a adulta
Ângela nesse filme.
- Um produtor executivo do filme, Thomas E. van Dell, alegou
que a maior parte do CGI corrigido havia sido concluída em dezembro de 2006,
mas o diretor, Robert Hiltzik, sentiu que precisava de mais trabalho para
atender às suas expectativas.
- O personagem de Christopher Shand se chama 'T.C.'. Curiosamente em 'Acampamento Sinistro 2' tem outro personagem chamado 'T.C.', interpretado por Brian Patrick Clarke.
- O personagem de Christopher Shand se chama 'T.C.'. Curiosamente em 'Acampamento Sinistro 2' tem outro personagem chamado 'T.C.', interpretado por Brian Patrick Clarke.
- Há um total de 9 mortes nesse filme.


Título Original: Return to Sleepaway Camp
Ano: 2008
Duração: 86 minutos
Ano: 2008
Duração: 86 minutos
Direção: Robert Hiltzik
Roteiro: Robert Hiltzik
Elenco: Felissa Rose (Angela Baker), Michael Gibney (Alan), Michael Werner (Michael), Adam Wylie (Weed), Brye Cooper (Randy), Christopher Shand (T.C.), Chris Violette (Ken Bachman), Erin Broderick (Karen), Isaac Hayes (Charlie), Jonathan Tiersten (Ricky Baker), Kate Simses (Petey), Lauren Toub (Joanie), Lenny Venito (Mickey), Mary Elizabeth King (Sue Meyers), Miles Thompson (Eddie), Paul DeAngelo (Ronnie), Paul Iacono (Pee Pee), Samantha Hahn (Marie), Tony Luke Jr. (Bo), Tony Ray Rossi (Counselor), Vincent Pastore (Frank)
Roteiro: Robert Hiltzik
Elenco: Felissa Rose (Angela Baker), Michael Gibney (Alan), Michael Werner (Michael), Adam Wylie (Weed), Brye Cooper (Randy), Christopher Shand (T.C.), Chris Violette (Ken Bachman), Erin Broderick (Karen), Isaac Hayes (Charlie), Jonathan Tiersten (Ricky Baker), Kate Simses (Petey), Lauren Toub (Joanie), Lenny Venito (Mickey), Mary Elizabeth King (Sue Meyers), Miles Thompson (Eddie), Paul DeAngelo (Ronnie), Paul Iacono (Pee Pee), Samantha Hahn (Marie), Tony Luke Jr. (Bo), Tony Ray Rossi (Counselor), Vincent Pastore (Frank)