Então chegamos ao sétimo capítulo
dessa franquia que fez parte da juventude de muitos adoradores dos filmes de
terror. Este aqui é dirigido por David DeCoteau, responsável por outros filmes
da franquia como A Volta do Mestre dos Brinquedos e A Maldição do Mestre dos
Brinquedos, ele foi roteirizado por Charles Band, também um velho conhecido da franquia,
responsável pelo primeiro e o terceiro filme.
Não vou mentir, o filme é um pouco
confuso e desordenado. A história é uma prequel, ou seja, assim como a parte 3
fez, esse vai voltar ao passado para contar algo. No caso, a história gira em
torno do jovem André Toulon e como ele descobriu a mágica que dá vida aos
objetos. A partir dessa premissa, você pode notar uma coisa. Isso já foi
relatado no segundo filme onde vemos como era a vida de André no Egito com a
sua esposa, e como a mágica chegou ao seu conhecimento. Pois bem, aquilo foi
ignorado aqui. A história se passa em Paris, e ele foi filmado na Romênia, e por isso podemos ver alguns toques Europeus no filme como: As formas de como os
personagens se vestem e o sotaque.
Outra coisa, os eventos desse capítulo se alternam entre: logo depois os acontecimentos da parte 3, e antes da parte 3. Quando a história está em 1944 com o velho André Toulon, a história da parte 3 acabou de acontecer. E quando a história é do jovem André Toulon, estamos no ano de 1902, antes do mestre dos brinquedos descobrir o poder que dá vida aos bonecos.
O longa começa em 1944 com André
Toulon (Guy Rolfe) indo para a Suíça, mas antes ele precisa de um lugar para descansar e se
abrigar de uma tempestade, aí ele vai parar numa pousada abandonada. Lá ele conversa com as suas
marionetes: Blade, Pinhead, Leech Woman, Jester, Six Shooter e Tunneler.
Enquanto descansa, o velho homem acaba encontrando partes de sua primeira
marionete, Cyclops, a partir daí ele começa a contar a história das primeiras
marionetes para os seus aliados.
Então voltamos ao ano de 1902, André
Toulon (Greg Sestero) é um jovem artista que trabalha com os amigos num teatro de marionetes
bem famoso em Paris. Em contrapartida, Afzel (Jack Donner), um feiticeiro egípcio que
conseguiu roubar de Sutekh, descrito nesse filme como um buraco negro, o
segredo da vida, foge dos seguidores do demônio que quer matá-lo. Ainda, ao
mesmo tempo, Elsa (Brigitta Dau), uma jovem rica cansada de ser controlada por seu pai, foge
de casa para ir ao teatro de marionetes.
Sutekh manda três escravos para matar Afzel, enquanto isso, Elsa encontra o feiticeiro bem fraco e pede ajuda a André Toulon que o acolhe. A partir daqui começa a surgir uma relação entre André e Elsa. Afzel está prestes a morrer, mas antes disso, ele explica detalhadamente a fórmula de trazer as coisas de volta a vida para André.
O pai de Elsa, ao descobrir que
ela havia fugido, manda os seus guardas irem atrás dela. Ao encontrarem-na, os
soldados levam a jovem e Toulon até o pai da moça. Lá ele diz a Elsa que ela
irá para a Suíça contra a sua vontade, em contra partida, André é jogado em algum lugar na
floresta. Enquanto isso, os escravos de
Sutekh vão até o teatro e matam todos os amigos do rapaz, inclusive Afzel. Mas,
não espere nada violento ou cheio de gore, são mortes bem simples e pouco
interessantes que vem através de poderes mágicos.
Ao chegar ao teatro, André se
depara com todos os amigos mortos, então ele decide ressuscitar todos através
dos bonecos que ele usava no teatro de marionetes. Só que os escravos de Sutekh sentem o poder da mágica e deduzem
que Afzel passou para mais alguém o segredo da vida, eles voltam até o teatro e
travam uma briga com André e suas marionetes: Retro Blade, Retro Pinhead, Drill
Sergeant (Retro Tunneler), Retro Six-Shooter, Doctor Death e Cyclops.
Toulon consegue fugir, mas os escravos de Sutekh resolvem fazer Elsa de refém para barganhar em troca da vida de André, aí o mestre dos brinquedos, André Toulon, trava uma luta contra os agentes do mal num trem pelo segredo da vida e pela vida de sua amada Elsa.
Provavelmente esse é o filme mais
fraco até então, os efeitos não são muito bons, em alguns momentos nós podemos ver
as pessoas manipulando os bonecos, também podemos ver algumas cordas presas nos bonecos em alguns momentos. Os escravos de Sutekh não são interessantes,
na verdade são sem graça e por mais que tentem, não conseguem trazer carisma
algum, e não só os vilões, mas as marionetes retrôs não são tão carismáticas
quantos os bonecos que nós conhecemos.
Os atores que fazem André e Elsa,
são bons, disso não há o que falar, mas o relacionamento crescente entre os
dois é muito apressado, o casal se vê duas vezes e já se amam, a impressão que
se tem é de que metade do filme foi cortado. Até mesmo Afzel confiou muito
rápido em André a ponto de contar a ele o segredo mais importante do universo. A famosa música tema da série composta por Richard Band, não é tocada no filme, mas contém leves lembranças através da nova trilha que não é tão boa assim.
E é isso, o 'Metre dos Brinquedos Retrô' é um filme fraco e cheio de furos, por esses motivos, você não consegue encaixá-lo na franquia sem ignorar uma coisa ou outra mostradas nos filmes anteriores. Alguns personagens tem carisma e personalidade e isso é um ponto positivo, mas os vilões, as mortes e as marionetes não são interessantes, e essas coisas são o que o público mais quer ver nesse tipo de filme. Os efeitos especiais também são fracos, provavelmente, devido ao baixo orçamento, mas ainda dá para assistir. Nota: 4,5.
Curiosidades:
- James Franco fez o teste para
interpretar o jovem André Toulon, o papel de Greg Sestero .
- Greg Sestero foi originalmente
convidado para fazer um teste para Toulon com sotaque britânico, mas ele não
obteve sucesso na tentativa. Sestero, depois de descobrir que Toulon era um
personagem francês, perguntou aos diretores se ele poderia fazer sua audição
com um sotaque francês. O próprio Sestero é descendente de franceses através de
sua mãe e fala francês fluentemente.
- Na época em que Sestero foi
escalado, ele e Tommy Wiseau eram atores que tentavam entrar em Hollywood.
Embora Wiseau tenha inicialmente apoiado Sestero, o longo período de filmagens
de Sestero levou Wiseau a ficar com ciúmes e mergulhar em uma profunda depressão.
Ele se livrou disso e começou a trabalhar em um projeto criativo, que evoluiu
para o roteiro de ‘The Room (2003)’.
- Originalmente, a história do
filme deveria acontecer logo após ‘A Volta do Mestre dos Brinquedos (1991)’,
com Toulon e seus amigos em um trem com destino a um lugar diferente da
Alemanha e encontrando uma variedade de nazistas e inimigos demoníacos. Este roteiro,
de Matthew Jason Walsh, foi descartado por Kushner-Locke porque ‘ofenderia o
público alemão’.
- As cenas de Guy Rolfe levaram
apenas um dia para filmar.
- O último filme de Guy Rolfe.
- A equipe de efeitos da película
foi informada de que as múmias foram cortadas do filme, mas foram adicionadas
novamente no último minuto, então eles tiveram que ir às compras em Bucareste,
comprar rolos de ataduras de gaze, e depois voltar para o estúdio e preparar as
múmias em apenas 3 horas.
- Primeiro ‘Puppet Master’ a ser
filmado fora dos EUA.
- Filmado em 12 dias.
- O boneco cowboy original do
Six-Shooter foi enviado para o set na Romênia, mas não chegou ao filme. Ele
pode ser visto nas fotos dos bastidores.


Título Original: Retro Puppet Master
Ano: 1999
Duração: 80 minutos
Ano: 1999
Duração: 80 minutos
Diretor: David DeCoteau
Roteiro: Charles Band
Elenco: Guy Rolfe (Elder André Toulon), Greg Sestero (André
Toulon jovem), Brigitta Dau (Elsa), Stephen Blackehart (Servo de Sutekh 1), Jack
Donner (Afzel), Robert Radoveanu (Segundo servo de Sutekh), Vitalie Bantas
(Terceiro servo de Sutekh), Sandu Teodor (Latour), George Calin (Valentin),
Juliano Doman (Vigo), Vlad Dulea (Duval), Dan Fintescu (Beggar), Elvira Deatcu
(Margarette)